Já perdi a contas às vezes que disse isto. Não há arte, há artes. E só não estão numeradas lá como em Hollywood porque senão não havia números para tantas.
Já te mostrei a minha arte, já me mostraste a tua; haverá algo mais para saber? Ou será que já abrimos de vez o jogo? Será que é possível alguém se expor mais? A nudez física parece muito pequena comparada com isto...
Quando fazes arte o mundo para; acho que viveria para sempre se estivesses a fazer arte... Abre-se um outro tempo, um outro cosmos... As vielas são corredores enormes que parecem albergar os maiores e mais lindos tesouros do mundo!
Todo o mundo morre naquela instante porque tu te tornas no próprio mundo! A tua arte é vida, a tua arte é morte e renascer. E na doce amargura da tua arte eu sinto pulsar o meu coração de alegria e emoção: sinto-me vivo! Sinto-me bem.
Quando fazes arte eu vivo só para ti; descobri isso mal senti a tua arte pela primeira vez. Tens um modo de me tocar que é diferente, é único, é especial. Mais ninguém me faz sentir assim.
Será apenas arte? Ou será algo mais? Não sei, não importa.
Importa é o sentimento.
Quando paras de fazer essa tua arte, todo o mundo volta a si... Mas para mim as coisas nunca mais ficam iguais. Eu fico sôfrego. De mais, da próxima vez em que o meu mundo serás tu. Para mim o mundo ganha novas cores, novas formas, novos sons.
O passado fica mais passado e o presente fica mais presente. E a vida ganha novos brilhos. E a vida ganha nova cor. E tudo quanto faço parece mais completo. Porque sinto que completaste mais um pouco de mim.
Obrigado. A ti e à Arte. À Tua Arte.
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